A Vontade de Mudança e o Medo da Queda
Holística 2005

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30/05/2007 10:54

A Vontade de Mudança e o Medo da Queda
Holística 2005


A linha mestra da filosofia patriarcal é caracterizada pela tendência a conceber um mundo hierarquizado, que submete o corpo aos ideais transcendentais. Por exemplo, Aristóteles, "como um homem do seu tempo, teimará em provar que ‘a mulher não engendra por si mesma (...) a fêmea não possui a mesma alma que o macho. A alma cognitiva só se transmite através do macho" (BADINTER. 1986, pg.110). No entanto, uma outra tradição de pensamento vem conquistando espaço significativo desde o século XX. Manteve-se viva e minoritária ao longo dos séculos, resistindo à hegemonia do patriarcado, chegando agora a um momento de grande expressão, o que sugere uma mudança no eixo oficial da filosofia. Esta tradição atribui valor ao transitório, à perspectiva enraizada no corpo, ao poder vital da mulher.
No final do século XIX, Nietzsche desenvolveu uma potente crítica à tradição filosófica oficial da cultura ocidental, responsável pela operação perversa que permitiu afirmar que o principal valor da vida é a superação da vida: o transcendente, o paraíso, o imutável. Oswald de Andrade nos lembra que "Friedrich Nietzsche afirmou que o habitat dos grandes problemas é a rua" (ANDRADE. 1995, pg.102).
São muitas as palavras que correspondem ao mesmo tempo ao corpo em movimento e às operações ‘mais elevadas’ do espírito: posição e força da posição, postura e impostura, atitudes e atitude existencial, o caminho e do reto caminho, perder o rumo e achar o rumo, inventar caminhos, entre tantas outras similares. O estudo do cérebro deve ser acompanhado pelo estudo dos movimentos dos músculos, com ao quais nos organizamos e nos relacionamos no mundo. Nietszche chama a atenção para a perspectiva, colocando-a no lugar da verdade universal e incorpórea, a qual acabaria sempre por legitimar a negação da vida. O sistema sensório motor, antes de tudo, elabora e forma perspectivas.
O sistema muscular não responde a uma forma perfeita e definitiva, está mais para um sistema aberto a se formar nas relações. O sistema sensório motor permite falar em contradição, em composição da contradição, em síntese, sem supor uma totalidade unificadora destas contradições. No entanto, a pouca margem de flexibilidade de um padrão de movimento dificulta a percepção das novidades emergentes, como se o sujeito, neste caso, impusesse seu mundo ao momento, colocando-se como referência totalizadora. O movimento ou a sustentação do corpo só é possível através da síntese de forças contrárias. Estas oposições não são fixas e nem sempre são as mesmas, mas múltiplas e dependentes das relações nas quais estão vinculadas, não têm uma essência oculta que as fundamente "em si", independente do contato. O centro de gravidade, que harmoniza estas partes com relação à gravidade e possibilita o equilíbrio, também não corresponde a uma coisa que está no homem e "se coloca para fora", o equilíbrio biomecânico não acontece "dentro" para, depois, ser "manifestado". Não pensamos antes de agir. O equilíbrio é automático, singular e uma resultante contínua de compensação e integração das forças do conjunto. Então, o comum não é o semelhante, a média, mas o composto, o que está em relação, sem o que nada "em si" faz sentido. Seria o mesmo dizer: na diferença somos o mesmo.
As forças musculares que organizam nossa sustentação e movimento podem ser entendidas como vetores. Pode-se imaginar uma teia tecida por estes vetores de força, uma teia móvel, onde o sentido é continuamente mantido e transformado, e cada um de nós sintetiza de algum modo estas forças, mobilizando-as. Esta compreensão do sentido envolvido nos vetores não diz respeito a uma subjetividade isolada do contato, não diz respeito apenas ao sujeito. Tampouco diz respeito a uma origem transcendental e exterior que justifica os acontecimentos do mundo. Aparece aqui uma relação intrínseca entre a consciência e a comunicação, porque as forças envolvidas nestes vetores podem ser compreendidos também como informação. Esta informação é a forma do corpo, e o movimento que sugere: a atitude.
As atitudes estão envolvidas com fluxos de força que só se definem com clareza na ação. Estes fluxos de força correspondem aos processos de pensamento, de ponderação, se processa com uma certa autonomia, independente de um querer autônomo. Trata-se de um pensamento envolvido com a oscilação contínua do corpo, oscilação que aumenta quando uma situação nova nos surpreende. Os afetos que abalam o corpo provocam sensações e imagens que serão espontaneamente transformadas em uma composição vetorial, a partir da qual as coisas adquirem este ou aquele sentido, direção, significado. A composição vetorial não é idêntica ao desenho anatômico dos componentes do corpo, está mais próxima dos processos comumente chamados de racionais, mas trata-se de uma razão corpórea, e não transcendental.

 



Não existe uma subjetividade preservada do corpo na rua, autônoma e auto suficiente da experiência e do contato. Nossa biomecânica não é como uma máquina sem desejos, emprestada aos desejos de um fantasma que a dirige. Precisamos levar em consideração nossa biomecânica se quisermos compreender o que, quem ou, principalmente, como somos. Este enraizamento da subjetividade na biomecânica é importante porque foi por causa do comprometimento da mecânica do corpo com as leis naturais, em detrimento da liberdade da subjetividade humana, que fez Descartes identificar o homem com a razão não corpórea, como um Fantasma dirigindo Máquina1, e implica em uma determinada relação de poder: a humanidade incorpórea do homem move a mecânica do corpo. Que é o mesmo que: o pensamento domina o corpo, o espírito domina a natureza – e tais pares desembocam em outros, tais como o adulto domina a criança, o homem domina a mulher.
O biomecânico também tem poder sobre a "humanidade", é mesmo condição dela. O jeito se acha fazendo, e não através de uma instância não corpórea que dirige a ação. Pensar antes de agir não é como deliberar antes de executar, mas imaginar movimentos. E explicar, etimologicamente, quer dizer: desfazer pregas. Em outras palavras, para que o corpo não fique dobrado e preso numa dobra. Explicar é desprender – ou seja, um movimento que leva a perceber como transita a força de um objeto para outro, fazendo os objetos mudarem de posição, distância e forma. Os movimentos do corpo estão envolvidos em, pelo menos, dois terços do cérebro, o que permite supor que a variabilidade dos movimentos do corpo é a mesma ou análoga aos possíveis estados cerebrais: beirando a noção de infinito. Não precisamos negar o corpo para alcançar o infinito, pois o infinito também está nas dobras das nossas articulações. Estamos falando de um processo de abstração que é, ao mesmo tempo, objetivo e subjetivo. Nenhuma ação pode ser atribuída a uma subjetividade absoluta, pois tudo o que fazemos está sujeito "ao mundo próprio da ortostática, dentro do qual o homem permanece de pé e fora do qual, cai" (GAIARSA. 1988, pg.155).
Esta ligação da razão com processos inconscientes remete ao conceito de vontade. Descartes a compreendeu como uma alavanca que provoca a ação, a mando da razão, depois que a razão conclui a respeito do que fazer, ou seja, o conhecimento racional deve anteceder ao movimento do corpo. Ou seja, é preciso conhecer antes de fazer. Hoje é possível dizer que o conhecimento prévio está comprometido com a memória e com o passado. O que está definido corresponde ao passado, ao que já foi organizado, sistematizado, resolvido: corresponde à memória. Quando se trabalha com a emergência da novidade, a vontade não pode ser entendida como uma alavanca do conhecimento prévio, pois o passado não pode resolver uma situação nova. A vontade está mais próxima das pulsões do corpo, como uma força auto organizadora que tem uma certa independência da memória, movida pelo futuro. A memória funciona mais como parâmetros que serão transformados. Os parâmetros da memória estão envolvidos com o sistema muscular, quer dizer, com a organização das posições e das atitudes do corpo, o que permite concluir que o passo seguinte sempre depende do passo anterior, mas não é, necessariamente, consequência dele. Mesmo Freud percebeu a vontade como um impulso motor: "desejos são acompanhados de um impulso motor, a vontade, que está destinada, mais tarde, a alterar toda a face da terra para satisfazer seus desejos. Esse impulso motor é a princípio empregado para dar uma representação da situação satisfatória, de maneira tal que se torna possível experimentar a satisfação por meio do que poderia ser descrito como alucinações motoras" (FREUD. 1969, pg.106).
Novamente, então, a perspectiva como questão fundamental. A questão da perspectiva é uma questão de posição, com tudo que esta palavra tem de conotação social, psicológica e existencial. Os centros de gravidade do corpo estão relacionados com o self, enquanto princípio organizador da consciência. Uma estrutura corporal tão instável e articulada exige uma elaboração contínua e sofisticada dos movimentos através dos centros de gravidade do corpo. Isso acontece espontaneamente e no ‘invísível’, pois os centros de gravidade não serão achados em nenhuma parte do corpo, nem no cérebro. Estão no espaço, organizando nosso corpo e a relação deste corpo com os outros corpos. Nossa existência poderia ser assim expressada: nosso sistema sensório motor move... nossa humanidade! Corresponde a uma filosofia que entende que as concepções humanas têm relação com a composição de forças, tendências de movimento, inclinações, envolvidas nos posicionamentos e nas atitudes dos corpos nas situações.
Reich, discípulo de Freud, separou-se do mestre, pelo qual tinha um profundo respeito, porque não concordava com algumas das hipóteses de Freud, como o instinto de morte, Tanatos. Para Reich, Tanatos não era um instinto, mas uma energia de decadência: "hoje sei que ele pressentia algo no organismo humano que era mortal. Mas ele pensava em termos de instinto. Assim, chegou ao termo instinto de morte. Isso estava errado. ‘Morte’ estava certo, ‘instinto’ estava errado. Porque não se trata de nada que o organismo deseje. É algo que acontece no organismo. Logo, não é um ‘instinto’(...). Ele era teoricamente muito bom. Devem permitir-se erros a um homem que tem que lidar com uma área tão vasta como a do inconsciente" (REICH. 1977, pg.90). Reich estava preocupado com o NÃO à vida, cujo bom exemplo é o nascimento de uma criança: a gestação num útero ‘a-aorgonótico’ (com pouca vitalidade), num parto onde as crianças eram separadas das mães logo no momento do nascimento, característica das maternidade européia do seu tempo, ficavam horas sem comer e depois encontravam mães que sem leite e nem condições de receber bem, biológica e afetivamente, seus bebês, bebê cujo afeto será sistematicamente reprimido ao longo da vida. Ele diz que esta situação desenvolve "o NÃO, o despeito, a recusa, a ausência de opinião, a incapacidade para resolver o que quer que seja. As pessoas são insípidas, inertes, indiferentes. E assim, desenvolvem os seus pseudo contratos, falsos prazeres, falsa inteligência, as coisas superficiais, as guerras, etc. As implicações são profundas (...) Enquanto isso continuar, nada acontecerá na direção correta. Nada! Nem constituições, nem parlamentos, nada ajudará" (REICH. 1877, pg.42).

¹ Expressão tornada conhecida pelo filósofo Gilbert Ryle , em O Conceito de Espírito, 1970.



Gaiarsa também não concorda com o instinto de morte proposto por Freud, mas desenvolve sobre Tanatos uma idéia diferente da desenvolvida por Reich, que o entendia como uma qualidade de morte, como uma energia de "qualidade pantanosa. Sabe o que são pântanos? Água estagnada, morta, que não corre, que não metaboliza" (REICH. 1977, pg.90). Embora não se coloque contra a hipótese de Reich, não a reforça. E propõe a hipótese de que Tanatos corresponde às forças não vivas que agem no corpo, mas que no entanto são fundamentais para o desenvolvimento de alguns seres vivos: "tensão mecanicamente necessária (por vezes digo apenas mecânica), é aquela que decorre de nosso peso, inércia e exigências de equilíbrio; além do mais, é aquela determinada pelo objeto que manipulamos, e que se solidariza mecanicamente conosco" (GAIARSA. 1988 pg.67). Mas estas tensões participam das relações humanas e dos processos da consciência. Não estão isoladas nem separadas das forças vivas. Estas são o que ele chama de tensões não mecânicas: "tensões não mecânicas são as tensões afetivas, que armam e moldam o corpo em função de um desejo, um temor ou um instinto" (GAIARSA. 1988, pg.67), estas correspondem a Eros.
Na postura acontece a ligação entre a morte de Tanatos e a vida de Eros, porque a "postura de um ser é sua forma dinâmica ou tensional, aquela forma de estar que ele mantém à custa de esforço ativo e contínuo. Essa forma tensional não se confunde com sua estrutura. Esta é a soma de suas partes rígidas, ossos, carapaças, dentes, unhas" (GAIARSA. 1988, pg.190). A postura depende da relação, embora esteja sempre comprometida com as estruturas com as quais conta. A estrutura do corpo humano é bastante instável e móvel, o esqueleto tem inúmeras articulações e o fato de sermos eretos aumenta muito as possibilidades articulares. Então, "o corpo humano pode assumir um número ilimitado de formas – posições – nenhuma delas podendo ser chamada de "natural" em prejuízo das demais" (GAIARSA. 1988, pg.169). E por isso experimentamos aquilo que chamamos liberdade: não temos forma determinada. A instabilidade e versatilidade estrutural e dinâmica da postura humana corresponde a dois eixos fundamentais da questões existenciais: atitude e posição.
Tanatos, então, não corresponde ao desejo de morte, como disse Freud, mas ao não vivo no homem. No entanto, como Freud, corresponde à resistência à mudança. Qualquer mudança eqüivale a uma mudança no padrão da ação. E essa mudança compromete a postura e o equilíbrio do corpo, então a resistência à mudança é uma resistência ao tombo, e resistimos ao tombo porque arriscar-se a cair é como ficar vulnerável ao ataque do predador. Mas Gaiarsa observa que não é somente assim que estamos relacionados com Tanatos: um movimento inibido faz aumentar a sensação de peso e massa. E aqui pode ser relacionado como NÃO à vida, do qual Reich fala. Esta identificação do corpo com coisa permite um desenvolvimento intelectual cujo caminho pode se dirigir contra a vida. Reich percebeu que "a função intelectual é ela própria uma atividade vegetativa, e segundo, a função intelectual pode ter uma carga afetiva não menos intensiva que a de qualquer reação meramente afetiva. O trabalho caráter-analítico, além disso, revela uma função defensiva específica do intelecto. A atividade intelectual tem muitas vezes uma estrutura e uma orientação tais que transmite a impressão de ser um aparelho extremamente inteligente, precisamente pela evitação dos fatos, de ser uma atividade que realmente deprecia a realidade" (REICH. 1977, pg.70). Portanto, em Gaiarsa, Tanatos corresponde a algo que faz parte da vida humana, como em Freud, assim como de algo que ‘acontece’ na vida humana, mas poderia ser evitado, como em Reich. Tanatos trabalha em parceria com Eros. Eros supera a passividade de Tanatos e encontra nele uma força cooperativa.
Toda ação reprimida se faz posição e atitude, quer dizer, em pré-disposição para aquela ação: para segurar um soco as pessoas apertam as mãos. Portanto, a repressão impede a ação mas não impede a formação de atitudes, que serão sempre ambíguas. Esta preparação é o inconsciente: o corpo visível e sensível, que na maior parte das vezes está fora do foco da atenção. Neste processo está envolvido um sentimento de divisão: uma força do bem, que segura, e uma força do mal, que está pronta para agir. Uma divisão que não elabora a contradição, porque a força inibida é entendida como o ímpio, não pode ser integrada. Os processos biomecânicos estão comprometido com uma inibição inevitável e indispensável para a manutenção contínua do equilíbrio. Tanto uma inibição inerente do sistema biomecânico quanto das forças do ambiente. Devemos entender que muitos conflitos e temores que vivemos são coletivos. Sofremos muito quando atribuímos a uma deliberação auto suficiente do sujeito a responsabilidade por questões de equilíbrio, que estão fora de um controle deliberativo, como o medo da queda e os reflexos posturais. Assim, "uma atitude inconsciente – má preparação – nos põe deslocados na situação; daí em diante os erros se somam e, se não houver um bom humor salvador, poderá haver tragédia" (GAIARSA. 1988, pg.98). Tão imperativo quanto o temor da morte é o temor do próximo passo, o temor da queda.
Do ponto de vista da motricidade humana, as coordenadas fundamentais: posição, orientação, localização e conformação, são parâmetros não fixos, momento estável de uma simples organização do movimento, estão comprometidas com a necessidade de manter o equilíbrio nas relações em curso. E toda força exercida sobre o corpo provoca um movimento que a absorve, devolvendo-a, de um certo modo, ao mundo. No entanto, pode-se resistir àquilo que afeta o corpo, e entender essa força como uma força do mal que impede a perpetuação do mesmo, do esquema idealizado perpetuado na fixação dos parâmetros envolvidos na forma do corpo. Esta resistência é contra a percepção, aceitação, afirmação e assimilação do diferente. São forças que podem chegar à expressão conservadora, colocar-se-ão então contra o contato, contra o afeto, apegadas a um mesmo padrão de movimento, de ação, serão forças reativas, agindo repetidamente. Este movimento é característico de todas as religiões apoiadas na luta do bem contra o mal, num mal objetivado, exterior, com relação ao qual deve-se manter puro, e para tanto deve-se reproduzir um modelo de comportamento universalmente válido.
A dificuldade em alterar os padrões de equilíbrio eqüivalem a impor determinado mundo ao momento. Epistemologicamente, corresponderá à sensação subjetiva de dominar a verdade e, eticamente, à necessidade de defendê-la, impondo-a através da dominação. Com relação à comunicação, corresponderá a um modelo de comunicação apoiado na persuasão. No extremo, chega ao rompimento e à desagregação. Um outro movimento pode desenvolver implica o valor da compreensão, que é a ênfase que Morin dá à consciência da culpa: "e regresso ao lugar da minha fé: a possibilidade de arrependimento e de redenção, a virtude do perdão. Contra os ‘castigai’, ‘castigai’, ‘castigai!’, há as palavras sublimes: ‘Perdoai-lhes porque não sabem o que fazem’. ‘Eles não sabem o que fazem’ não é somente uma verificação de antropossociólogo para quem, como mais ou menos Marx dizia no princípio da Ideologia Alemã, os homens não sabem nem quem são nem o que fazem. É a expressão do verdadeiro conhecimento (das engrenagens, das possessões, do paradoxo do ser humano) que subjaz a mensagem, superior à injustiça e à justiça, do perdão sobre a cruz" (MORIN. 1995, pg.85). Isso lembra Reich, que acredita ter sido o erro de Jesus aceitar ser o salvador: armadilha que o impediu de defender-se.




FERNANDA CARLOS BORGES
Terapeuta Holística - CRT 21058

Filósofa e doutora em comunicação e semiótica, estudiosa de Ciências Cognitivas, Reich e abordagens neo-reichianas.

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