O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

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13/05/2007 20:24

O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



A grande invocação
Do ponto de Luz na Mente de Deus

Flua luz às mentes dos homens:

Desça a luz a Terra


Do ponto de Amor no Coração de Deus

Flua amor aos corações dos homens;

Volte Cristo a Terra


Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

O propósito que os Mestres conhecem e servem.


Do centro a que chamamos a raça dos homens,

Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

E mure-se a porta onde mora o mal.


Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


Dedicatória
Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


Agradecimentos
Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


Sumário

  1. Introdução..............................................................................................................8

1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

2. Material e metodologia................................................................................................12

2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

3. Resultados....................................................................................................................13

4. Discussão.....................................................................................................................25

5. Conclusão....................................................................................................................27

6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



Resumo

O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


1. Introdução


1.1. Jung e o inconsciente coletivo


A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

( Evans apud Magalhães, 1984).


A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


1.2. O método freudiano da associação livre


Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


1.3. Tarô – história e apresentação


Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


“O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

“Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


1.4. Os Florais de Saint Germain


Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






2. Material e metodologia


2.1. O método do tarô terapêutico


O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





3. Resultados


A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


  1. Discussão


Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



  1. Conclusão



Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























  1. Referências bibliográficas




BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










  1. Anexos e Apêndices


Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


Arcano

Nomenclatura

Significado

0

O Louco

É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

1

O Mago

Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

2

A Sacerdotisa

Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

3

A Imperatriz

O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

4

O Imperador

Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

5

O Sumo Sacerdote

Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

6

O Enamorado

Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

7

O Carro

A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

8

A Justiça

Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

9

O Eremitha

Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

10

A Roda da Fortuna

O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

11

A Força

Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

12

O Enforcado

Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

13

A Morte

Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

14

A Temperança

Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

15

O Diabo

Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

16

A Torre

Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

17

A Estrela

Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

18

A Lua

Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

19

O Sol

Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

20

O Julgamento

Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

21

O Mundo

Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

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