I Ching - O Software Do EU

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29/09/2009 11:45

 I Ching - O Software Do EU

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

 

 

Sumário


Resumo

Introdução

Material e Metodologia

Resultados

Discussão

Conclusões

Referências Bibliográficas

Anexos e Apêndices

 

 

Resumo

Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

 
 Introdução

Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

 

Material e Metodologia

Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

 

Trigrama
superior
 
----------------
Trigrama inferior 
Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
Céu
Trigramme zhèn du Yi Jing 
Chên, o Incitar

Trovão
Trigramme kǎn du Yi Jing 
K´an, o Abismal

Água
Trigramme gèn du Yi Jing 
Kên, a Quietude
Montanha
Trigramme kūn du Yi Jing 
K´un, o Receptivo

Terra
Trigramme xùn du Yi Jing 
Sun, a Suavidade

Vento
Trigramme lí du Yi Jing 
Li, o Aderir

Fogo
Trigramme duì du Yi Jing 
Tui, a Alegria

Lago
Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
Céu
Hexagramme 1 du Yi Jing
1
Hexagramme 34 du Yi Jing
34
Hexagramme 5 du Yi Jing
5
Hexagramme 26 du Yi Jing
26
Hexagramme 11 du Yi Jing
11
Hexagramme 9 du Yi Jing
09
Hexagramme 14 du Yi Jing
14
Hexagramme 43 du Yi Jing
43
Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
Trovão
Hexagramme 25 du Yi Jing
25
Hexagramme 51 du Yi Jing
51
Hexagramme 3 du Yi Jing
3
Hexagramme 27 du Yi Jing
27
Hexagramme 24 du Yi Jing
24
Hexagramme 42 du Yi Jing
42
Hexagramme 21 du Yi Jing
21
Hexagramme 17 du Yi Jing
17
Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
Água
Hexagramme 6 du Yi Jing
6
Hexagramme 40 du Yi Jing
40
Hexagramme 29 du Yi Jing
29
Hexagramme 4 du Yi Jing
4
Hexagramme 7 du Yi Jing
7
Hexagramme 59 du Yi Jing
59
Hexagramme 64 du Yi Jing
64
Hexagramme 47 du Yi Jing
47
Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
Montanha
Hexagramme 33 du Yi Jing
33
Hexagramme 62 du Yi Jing
62
Hexagramme 39 du Yi Jing
39
Hexagramme 52 du Yi Jing
52
Hexagramme 15 du Yi Jing
15
Hexagramme 53 du Yi Jing
53
Hexagramme 56 du Yi Jing
56
Hexagramme 31 du Yi Jing
31
Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
Terra
Hexagramme 12 du Yi Jing
12
Hexagramme 16 du Yi Jing
16
Hexagramme 8 du Yi Jing
8
Hexagramme 23 du Yi Jing
23
Hexagramme 2 du Yi Jing
2
Hexagramme 20 du Yi Jing
20
Hexagramme 35 du Yi Jing
35
Hexagramme 45 du Yi Jing
45
Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
Vento
Hexagramme 44 du Yi Jing
44
Hexagramme 32 du Yi Jing
32
Hexagramme 48 du Yi Jing
48
Hexagramme 18 du Yi Jing
18
Hexagramme 46 du Yi Jing
46
Hexagramme 57 du Yi Jing
57
Hexagramme 50 du Yi Jing
50
Hexagramme 28 du Yi Jing
28
Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
Fogo
Hexagramme 13 du Yi Jing
13
Hexagramme 55 du Yi Jing
55
Hexagramme 63 du Yi Jing
63
Hexagramme 22 du Yi Jing
22
Hexagramme 36 du Yi Jing
36
Hexagramme 37 du Yi Jing
37
Hexagramme 30 du Yi Jing
30
Hexagramme 49 du Yi Jing
49
Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
Lago
Hexagramme 10 du Yi Jing
10
Hexagramme 54 du Yi Jing
54
Hexagramme 60 du Yi Jing
60
Hexagramme 41 du Yi Jing
41
Hexagramme 19 du Yi Jing
19
Hexagramme 61 du Yi Jing
61
Hexagramme 38 du Yi Jing
38
Hexagramme 58 du Yi Jing
58


Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

 

Resultados

Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


Discussão 

Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

 

01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

 

E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

 

_  _  0
___  1
___  1
_  _  0
___  1
___  1

Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

 

Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


Conclusões

Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

 

Referências Bibliográficas

"I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

“Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

"DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

"I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

"O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

 

Anexos e Apêndices

 

Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

Quadro-resumo das semelhanças

DNA I Ching
O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


 

NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

1. SUMÁRIO


Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

 

2. PREFÁCIO


  Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
   A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
   Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
   As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
   A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
   Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


3. INTRODUÇÃO 

 

ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

 

4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

 

4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

4.2 Objetivo
Definir a adequação padrão de utilização.

4.3 Referências Normativas
NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

 

5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

 

5.1 Definições

5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
5.1.2 
TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
5.1.3 
CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
5.1.4 
PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
5.1.5 
VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
5.1.6 
RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
5.1.7 
"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
5.1.8 
TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
5.1.9 
ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
5.1.10 
SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
5.1.11 
JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
5.1.12 
TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
5.1.13 
ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
5.1.14 
SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
5.1.15 
TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

5.2 Símbolos e Abreviaturas


TH — Terapeuta Holístico;
TS — Terapia em Sincronicidade;
THS — Terapeuta em Sincronicidade;
NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

 

5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

5.3.3 Boas práticas em TS

5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
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5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


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