REIKI - A HORA E A VEZ DO TERAPEUTA

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26/06/2007 13:32

REIKI

A HORA E A VEZ DO TERAPEUTA

EULALIA FERNANDES

TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 32899

Reiki e Terapia Floral

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

HOLÍSTICA 2007

Nosso corpo é suficientemente fluido para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo.” (Chopra, 2003,85)

SUMÁRIO

RESUMO 05

  1. INTRODUÇÃO 06

  2. MATERIAL E METODOLOGIA 07

    1. 2.1. Instrumental teórico e dados 07

    2. 2.2. Fundamentação teórica 07

    3. 2.3. Prática terapêutica 10

2.3.1. Os princípios do Reiki 10

2.3.2. Práticas terapêuticas para reikianos e não-reikianos 12

2.3.2.1. A meditação 12

2.3.2.2. Banho seco 13

2.3.2.3. Energização grupal 13

2.3.2.4. Cuidados com o ambiente terapêutico 14

2.3.2.5. A busca de outras terapias alternativas 14

  1. RESULTADOS 15

  2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 15

  3. CONCLUSÕES 15

  4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

RESUMO:

A apresentação enfoca cuidados que o terapeuta deve tomar consigo mesmo, a fim de manter sua qualidade de vida e estar pronto para cuidar dos desequilíbrios e desarmonias de seus clientes.

A metodologia de apresentação, após um breve percurso sobre a relação que o terapeuta deve ter com a sua atuação profissional, enfoca algumas práticas energéticas para manutenção do equilíbrio interior, da saúde e da qualidade de vida. Embora se destaquem as técnicas que envolvam o Reiki, a palestra propõe exercícios e atividades para os terapeutas holísticos, em geral.

As conclusões apontam para quanto o conhecimento e a vivência com a meditação e técnicas de harmonização são importantes para que o terapeuta possa estar preparado para os cuidados consigo mesmo e com seus clientes.

INTRODUÇÃO

O trabalho apresentado pela terapia holística é o de focar o indivíduo como o grande responsável por sua saúde e por sua harmonia interior. O objetivo do terapeuta é, portanto, o de atuar como facilitador para que as pessoas que o buscam, como o responsável por atuar neste campo recebam dele os subsídios para os caminhos que levem a uma maior conscientização da busca do auto-conhecimento, da auto-estima e do trabalho no constante aperfeiçoamento de seu equilíbrio emocional, como a principal fonte de bem-estar do corpo e do espírito.

Afirmamos, como terapeutas holísticos, que esta terapia busca restaurar ou preservar a saúde e a qualidade de vida, cabendo-nos contribuir para incentivar e facilitar a busca desse caminho pelos clientes. Insistimos que nos cabe propiciar, indicar ou facilitar o encontro do caminho ou dos caminhos que levem os clientes a esse auto-conhecimento. Encontramo-nos em congressos, buscamos leituras, realizamos grupos de discussão, empenhamo-nos em aprender técnicas que nos levem a propiciar a saúde, o bem-estar de nossos clientes, mas raramente nos encontramos para discutir sobre nós mesmos. Raramente nos encontramos para buscar em nós o que tanto buscamos facilitar para nossos clientes. Não vejo, com a mesma freqüência, workshops e palestras que se voltem aos cuidados que o terapeuta holístico deve tomar consigo mesmo, tanto estamos empenhados em buscar métodos e técnicas para usarmos em nossos consultórios, para atendermos àqueles que nos procuram como clientes.

Esta palestra se volta para o caminho do próprio terapeuta como ser humano e como profissional, uma busca do diálogo com o interior de si mesmo. Uma pausa para a meditação. Intenciona ressaltar o auto-conhecimento não do outro, mas de si. Incita ao desafio de buscar a saúde dentro de si, antes de olhar para a saúde do outro. O que temos a dar depende do que temos a oferecer. E o que temos a oferecer depende do que temos dentro de nós. Somos facilitadores, somos canais, mas o canal não pode estar isento de cuidados próprios com a sua limpeza interior, com o auto-conhecimento próprio e não apenas refletido naqueles que se colocam sob os cuidados de nossa responsabilidade profissional. Esta palestra, portanto, pretende alcançar a introspecção, o colocar-se diante do espelho, o sorriso interior, a função de ser e estar no mundo para si mesmo, cuidando da tentação de apenas refletir-se sobre o outro.

O que propomos é apresentar uma filosofia que não descuide do auto-conhecimento, além de apresentar técnicas terapêuticas de cuidados que podem ser utilizados cotidianamente, voltados para o centramento de si mesmo, para a limpeza de centros energéticos, para o auto-equilíbrio.

Para alcançarmos este objetivo, dividimos a palestra em itens que obedecem aos pressupostos ditados pelas diretrizes das normas técnicas de apresentação, subdividindo, quando necessário, em subitens que componham melhor a distribuição de seu conteúdo. Assim, o primeiro capítulo é composto por esta introdução; o segundo capítulo versa sobre o material e a metodologia adotados para o desenvolvimento do tema, apresentando três subdivisões: instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica; o terceiro capítulo apresenta resultados de estudos já realizados na prática terapêutica; o quarto capítulo discute resultados; o quinto apresenta as conclusões e, finalmente, no sexto, são feitas as referências bibliográficas. Não há apêndice ou anexos.

  1. MATERIAL E METODOLOGIA

A metodologia da apresentação se subdivide em instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica. É desenvolvida pela apresentação de suporte terapêutico e indicação de práticas de harmonização e equilíbrio do profissional terapeuta holístico.

2.1. Instrumental teórico e dados

As fontes consultadas foram eminentemente provenientes dos cursos realizados de mestrado em Reiki, principalmente, com o mestre Frank Petter e de livros que tratam de assuntos ligados à terapia holística, de modo geral. Os textos se fundamentaram essencialmente nos autores Othon (s/d), Chopra (2003), Lübeck et alii (2003), Petter (1998, 2002, 2004 e 2005), Petter et alii (2003), cujas referências se encontram na bibliografia.

2.2. Fundamentação teórica

Os cuidados com a saúde do corpo e do espírito podem apresentar-se como um dos fundamentos de uma filosofia de vida. Estar bem consigo mesmo é fundamental para poder propiciar isso ao nosso semelhante, ao nosso cliente.

Como base para esta afirmação, não buscamos, neste artigo, uma base teórica propriamente, mas apresentamos dados concretos de que estar cuidando da própria saúde reflete-se em cuidar da saúde dos que estão sob nossos cuidados. Cito, para fundamentar estas colocações, a técnica do Ho Oponopono (Vitale, s/d), que descreve o trabalho de um psicólogo, terapeuta havaiano, Ihaleakala Hew Len. Eis os dados:

Ho Oponopono (editado por Hector Othon)

Há dois anos ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que equilibrou um pavilhão inteiro de internos criminais insanos, sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si e se trabalhava para acolher no amor ao internado. À medida que ele identificava em si os sintomas e os harmonizava, o outro também melhorava. A primeira vez que ouvi essa história, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém equlibrar a outro, somente através de equlibrar-se a si mesmo? Como podia sanar a alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história. Entretanto, escutei-a, novamente, um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de harmonização havaiano chamado “oponopono”. Nunca ouvira falar dele, no entanto, não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha de saber mais e fui à busca dele. Sempre soubera que sou responsável pelo que penso e faço. Mas, não posso me responsabilizar com o que pensa ou faz o outro. Acho que a maior parte das pessoas pensa o mesmo sobre a responsabilidade.

O terapeuta havaiano que sanou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len, ele tem, agora, 70 anos de idade, é considerado um “xamã avô” e é um pouco solitário. Ele explicou-me que havia trabalhado o Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho. A maior parte do pessoal do hospital ficava enfermo ou se demitia. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas coladas à parede, com medo de serem atacadas pelos internos. Não era um lugar bom para viver, trabalhar ou visitar. O Dr. Len disse que, quando chegou ao hospital, assinou um acordo para ter uma sala no hospital onde pudesse estar tranqüilo e revisar os prontuários médicos dos internos, mas que não os queria encontrar pessoalmente. Enquanto lia os prontuários médicos, ele trabalhava sobre si mesmo os sintomas do paciente. Enquanto trabalhava sobre si mesmo, os internos começaram a sanar-se. Ele me disse que, depois de poucos meses, os internos que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente. Outros que tinham de ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta. Eu estava assombrado. Ele disse também que até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais pessoal do que necessitávamos porque os pacientes eram curados e liberados com mais rapidez do que o previsto.

Perguntei o que foi que ele havia feito para ocasionar tal mudança nessas pessoas. Ele respondeu que, simplesmente, estava curando aquela parte nele mesmo que tinha a ver com o que deixou desequilibrado o interno. O Dr. Len explicou que entendia que a total responsabilidade é ser responsável por si e também por todos os relacionamentos, pelo simples fato de sermos UM. Assim, somos responsáveis por tudo o que acontece e existe. Se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é a sua responsabilidade porque é a sua vida. Isso significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta está ali para que você a cure dentro de você. O desafio não está só neles, está em você e se você sente que algo deve mudar, mude em você o que corresponda a isso. Você tem de mudar para ajudar que mude o que está fora. Sei que é difícil de entender, muito menos de aceitar ou de realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade, mas, enquanto conversava com o Dr. Len, comecei a compreender o método dele e que o “ho oponopono” significa: amar aos outros como se ama a si mesmo.

Se você deseja melhorar sua vida, você deve harmonizar sua vida. Se você deseja equilibrar alguém, mesmo um criminoso mentalmente insano, você o faz haromizando a si mesmo.

Perguntei ao Dr. Len como ele equilibrava a si mesmo. O que era exatamente que ele fazia, quando olhava os prontuários daqueles internos. Ele respondeu que simplesmente lia os prontuários, acolhia o interno em seu coração e permanecia dizendo e sentindo “Eu sinto muito” e “Eu te amo”, uma vez após outra.

Perguntei-lhe se era só isso! Ele disse que sim. Acontece que amar ao outro como se ama a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo. Basta apenas dizer que, quando você quer ou deseja melhorar qualquer coisa na sua vida, existe somente um lugar onde procurar: dentro de você mesmo. E, quando olhar, faça-o com amor.”

Baseando-se nessa incrível forma de adequação à visão do mundo, partindo de si mesmo, a proposta de nossa apresentação visa à interiorização do terapeuta, do cuidado consigo mesmo para que se sinta pronto e mais preparado para o tratamento terapêutico. Entendamos tratamento terapêutico, neste artigo, como o tratamento de si mesmo, para que construa um mundo de harmonia que se estenda ao mundo que o cerca e, consequentemente, a seus clientes.

2.3. Prática terapêutica

É importante ressaltar que a postura do terapeuta, a energia que ele emana, sua paz interior e seu estado de equilíbrio refletem imediatamente no cliente, desde os primeiros momentos do atendimento.

Assim, os cuidados consigo mesmo(a), além de serem indispensáveis ao próprio bem-estar pessoal do corpo, da mente e do espírito, são indispensáveis para um bom empenho do(a) terapeuta junto a seus clientes.

Quantas vezes já ouvimos nossos clientes dizerem que, só de entrarem em nossos consultórios, já se sentem melhor? Uns falam do ambiente, outros do abraço que os espera, das palavras, do sorriso, do bem-estar em geral.

Manter-se em forma energeticamente é, pois, um dos principais cuidados que devemos tomar, tanto para nosso próprio proveito, quanto para o melhor proveito de nossos clientes.

Vários podem ser os caminhos tomados pelo terapeuta para os cuidados consigo mesmo. Apresentaremos algumas sugestões, a seguir. Para os reikianos, apresentamos técnicas de Reiki, de Karuna Reiki® e de Gendai Reiki, mas cuidamos por apontar caminhos para todos os que estão interessados nesta palestra, mesmo não-reikianos.

2.3.1. Os princípios do Reiki

Os princípios do Reiki apresentam-se como uma filosofia de vida. Embora sejam considerados princípios do Reiki, servem a todos que desejam participar de um exercício cotidiano de busca de harmonia e equilíbrio interiores. O objetivo é alcançar o bem-estar do corpo, da mente e do espírito através do exercício do pensamento sobre o estado de consciência. Sob este aspecto, o exercício voltado para a mentalização e atuação dos princípios do Reiki se enquadra perfeitamente nos princípios que regem a terapia holística: a busca de uma mente saudável para refletir-se na saúde do indivíduo, em geral.

Em nossa palestra de 2006, apresentamos cada princípio e dissertamos sobre o tema, incentivando reikianos a trabalharem com eles em si mesmos e a estimularem a prática em seus clientes. Discorremos sobre a importância que devemos dar aos nossos pensamentos e como nossos pensamentos interferem em todo o nosso corpo, afetando nossa saúde. Citamos Chopra (2003, 101-2) que ressaltava experimentos realizados pela chamada ciência moderna ocidental. Nessa citação, Chopra aponta para a importância do pensamento na atuação da saúde, dando, como exemplo, casos de pessoas deprimidas:

...”pesquisadores descobriram recentemente que um neurotransmissor chamado imipramina é anormalmente produzido no cérebro de pessoas deprimidas. Enquanto localizavam a distribuição dos receptores de imipramina, eles se surpreenderam ao encontrá-los não apenas nas células cerebrais como nas da pele. Por que a pele criaria receptores para uma ‘molécula mental’? o que esses receptores da pele teriam a ver com a depressão? Uma resposta plausível é que a pessoa fica deprimida por inteiro – está com o cérebro triste, a pele triste, o fígado triste e assim por diante”.

Assim, o pensamento é um dos focos de nossos cuidados terapêuticos, neste artigo. Como vimos na citação de “Ho oponopono”, pensar com “amor” em tudo o que fazemos pode ser uma das principais chaves da saúde e da qualidade de vida. E os princípios do Reiki, como filosofia de vida, pautam-se, principalmente, no amor a si mesmo, a todos e a tudo que nos cerca. Eles refletem a vida da harmonia interior. Não é preciso ser reikiano para exercitá-los cotidianamente e a sugestão é a de que este seja um dos métodos de que o terapeuta se sirva para cuidar da saúde do corpo, da mente e do espírito.

Para detalhes sobre a prática dos princípios do Reiki, aconselhamos a leitura do artigo postado no site para a holística de 2006. Neste artigo, faremos apenas uma breve recapitulação.

A prática dos princípios toca diretamente a mente e o espírito. É uma forma de harmonização pontual e familiar. Atua através da mentalização e atinge diretamente as emoções. Assim, mostra-se como um caminho de vida, de harmonização e equilíbrio. São princípios que podem reger uma orquestra de sintonia com o bem-estar interior. Se o terapeuta está bem, sua bem-aventurança mantém sua saúde, sua paz e sua qualidade terapêutica. Cuida-se, assim, para ele mesmo e para o próximo. É o princípio do amor.

Observamos, em nossa prática terapêutica, que a apresentação de princípios que tocam diretamente a mente e o espírito de nossos clientes surte efeito pontual e familiar. Não apontamos falhas do sistema nervoso, do coração, do fígado, do pulmão, mas mostramos aos clientes como ele atua através de suas próprias emoções, prejudicando sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo que lhes mostramos os princípios do Reiki, indicamos formas de trabalharem com eles, facilitando, através da sessão terapêutica, o desabrochar de seu desenvolvimento.

O ideal é que o terapeuta que desejar adotar os princípios do Reiki como uma das formas de ajudar a manutenção de sua saúde se coloque numa postura de cotidiana persistência. Apenas a prática cotidiana pode garantir a eficácia da internalização dos princípios. A prática consiste no seguinte:

Todos os dias, de manhã e à noite, procure uma posição confortável e diga para si mesmo, em voz audível, para você e para o seu coração:

Só por hoje:

Não se zangue

Não se preocupe

Seja grato

Trabalhe com dedicação

Seja gentil com os outros.

A prática consiste em trabalhar isso no dia a dia, sem cobranças interiores, sem complexos de culpa a cada investida não bem sucedida. Isso porque é um trabalho interior constante e não um exame de consciência com cobranças de insucessos. Todos sabemos o quanto é difícil cuidarmos de nossas emoções. O objetivo é conseguir o aperfeiçoamento, através da prática. O caminho, aqui, é mais importante do que a meta. Exige disciplina e determinação, mas não cobranças e frustrações. Para entender melhor como essa prática funciona, aos terapeutas que não conhecem o texto do ano de 2006 aconselhamos uma leitura do artigo que está no site, pois explicita melhor como cada princípio pode ser trabalhado, bem como o que significa a introdução da frase inicial “só por hoje”.

2.3.2. Práticas terapêuticas para reikianos e não-reikianos

2.3.2.1. A meditação

A meditação pode apresentar-se de variadas formas. É uma técnica de grande potencial energético. É comum pensar que a meditação se resume na concentração, no esvaziamento da mente e, por isso, muitas pessoas sentem dificuldade de executar este exercício. Existem, no entanto, várias formas de estado meditativo, não apenas pela busca do silêncio interior.

Uma das formas de concentração meditativa é a técnica do Gendai Reiki, Joshin-Kokyuu-Ho (técnica da respiração). Os reikianos podem utilizá-la e, em seguida, praticarem Gassho (meditação propriamente dita), que inclui a citação dos princípios do Reiki. Se possível, pratiquem uma vez de manhã, logo ao acordar e, também, à noite. Se não for possível, podem praticá-la antes de iniciarem suas sessões de aplicação de Reiki e depois do atendimento do último cliente ou antes do início dos cursos de Reiki, chegando um pouco antes no consultório ou no espaço onde é dado o curso. Vinte minutos de relaxamento e meditação mostram-se como um tônico energético inestimável. Para os mestres de Reiki, a técnica é excelente como preparação ao ritual de iniciação. Neste caso, poderão praticá-la antes da chegada dos alunos, antes do início do curso.

Para os que não têm formação em Gendai Reiki e não conhecem as técnicas citadas, a meditação pode ser feita através de exercícios de relaxamento. Há livros que podem orientar o terapeuta nesse sentido. Exercícios de respiração são excelentes, principalmente para os terapeutas que trabalham diretamente com aplicações energéticas. Mentalizações são bastante eficazes e podem usar os princípios do Reiki, se quiserem, como tema desse exercício.

É importante observar que a meditação, respiração consciente e mentalizações têm, finalmente, ocupado um espaço importante nos tratamentos terapêuticos tanto holísticos, como da medicina tradicional.

2.3.2.2. Banho seco

Kenyoku é o nome empregado a esta técnica pelos conhecedores de Gendai Reiki. O banho seco, assim conhecido, é uma técnica de autopurificação e harmonização e pode ser aplicada pelo terapeuta, sempre que desejar. Sugerimos que o faça, principalmente, antes e, também, depois de uma sessão terapêutica ou sempre que desejar iniciar qualquer atividade que exija centramento. Para os mestres de Reiki, Kenyoku pode ser utilizado, também, no início da atividade de iniciação nos cursos de Reiki, antes, após ou em substituição à técnica de selamento. Durante a palestra será dada a demonstração de como efetuar o exercício.

Muitos reikianos preferem praticar a técnica do selamento, que tem um efeito semelhante.

2.3.2.3. Energização grupal

Energização grupal, conhecida em Gendai Reiki como Reiki Mawashi é uma técnica milenar. Muitos povos antigos praticavam a energização grupal, colocando-se em um grupo na formação circular.

Esta técnica é bastante eficaz em grupos terapêuticos cujos membros trabalham em harmonia e em conjunto, pois a prática viabiliza uma corrente energética bastante eficaz e está baseada na troca amorosa de energia de seus membros, atraindo energias cósmicas de grande vitalidade.

Para este exercício, os participantes podem colocar-se em círculo, dando-se as mãos, ou segurando uns nos ombros dos outros (como na brincadeira de trenzinho) e andando em círculo (no sentido horário), externando alegria e descontração. Se estiverem em ambiente natural (jardim ou semelhante), há possibilidade de maior potencialização energética. É interessante que os participantes estejam descalços.

2.3.2.4. Os cuidados com o ambiente terapêutico

O espaço terapêutico deve ser especialmente cuidado pelo profissional holístico. A sala, o consultório, enfim, o espaço no qual faz seus atendimentos, exige uma atenção especial de limpeza energética constante.

Este espaço recebe, cotidianamente, clientes que buscam o terapeuta com sintomas de desequilíbrios os mais diversificados e isso influencia o ambiente que os cerca, do mesmo modo que ocorre nos espaços freqüentados por energias de harmonia e equilíbrio.

Diversos são os recursos que podem ser usados para tal fim. O importante é que o terapeuta jamais se descuide desse procedimento.

Para os terapeutas reikianos, sugerimos a técnica do selamento do ambiente seguida de aplicação de Reiki no espaço, usando os símbolos e mantras conhecidos.

Para os outros profissionais, muitas técnicas podem ser usadas como limpeza com ervas, incensos ou a presença de elementos da natureza (fogo, água, cristais...).

Durante a palestra serão feitas indicações e apresentações de alternativas para esses procedimentos.

2.3.2.5. A busca de outras terapias alternativas

Cabe ao terapeuta buscar outras alternativas que o sensibilizem de modo especial. O importante é estar consciente da necessidade de cuidar-se, pois este é um dever e um direito de cada pessoa na busca de seu aperfeiçoamento.

É importante, também, que saiba o quanto é vital para ele mesmo estar em condições de um bom atendimento a seu cliente. E isso só é inteiramente possível, se ele estiver, antes de tudo, bem consigo mesmo.

Práticas como Yoga, Tai Chi Chuan, artes marciais, em geral, são alternativas eficazes para complementação dos cuidados do equilíbrio energético e do caminho da constante busca interior. Um terapeuta bem centrado tem tudo para ser um profissional bem sucedido em seus objetivos de cuidar dos que o cercam, não apenas como um cotidiano profissional, mas como objeto de sua realização pessoal. Apresenta-se, também, como um ponto importante de referência aos que o buscam, confiantes em seus cuidados e procedimentos profissionais.

A busca de outras terapias alternativas também pode ajudá-lo, já que não faltam, felizmente, técnicas de suporte de recuperação e manutenção do equilíbrio. Cuidar de seus clientes e indicar técnicas alternativas devem ser posturas de quem, antes de tudo, cuida-se se mantém em dia com os cuidados com a saúde do próprio corpo, da mente e do espírito. Cada qual saberá buscar as técnicas que melhor se sintonizam com o seu bem-estar pessoal. O importante é não deixar de fazê-lo, com freqüência e constantemente.

3. RESULTADOS

Esta é uma palestra que não apresenta resultados concretos propriamente ditos. Cada terapeuta tem consciência, por suas próprias características, da importância que deve ter com os cuidados pessoais.

  1. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O que podemos apontar é a observação de que, em nosso convívio profissional, constatamos que os terapeutas que buscam “ser clientes” cotidianos de suas próprias práticas ou práticas de colegas e, também, os que cuidam disciplinadamente de sua energia, mostram-se como pessoas bem equilibradas e harmônicas, cientes de seu próprio potencial. Estes terapeutas não têm “medos” de contaminação energética de seus clientes ou do meio em que vivem, são profissionais seguros de suas técnicas e dificilmente ficam desenergizados ou apresentam desequilíbrios de saúde.

  1. CONCLUSÕES

A busca do verdadeiro terapeuta holístico é de não atuar apenas como interventor de procedimentos, mas de tornar-se caminho e instrumento de auto-realização de seu cliente. No decorrer da prática cotidiana, o terapeuta será levado a perceber como a sua postura equilibrada e como a forma de dirigir suas atitudes e pensamentos pode interferir no seu cotidiano e, em conseqüência, no tratamento de seu cliente. Uma mente bem trabalhada e bem equilibrada reflete-se no ambiente que a cerca e, evidentemente, contribui significativamente para a segurança e bem-estar do cliente, que sente, em seu terapeuta, o reflexo daquilo que ele mesmo busca para si.

Como dissemos na epígrafe de nosso trabalho, “nosso corpo é suficientemente fluído para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo”.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHOPRA, D. A cura quântica; o poder da mente e da consciência na busca da saúde integral. São Paulo, Best Seller, 2003.

LÜBECK,W, PETTER,F. A. et RAND, W. L. El espiritu de Reiki. Buenos Aires, Uriel, 2003.

PETTER, F. A. Fuego Reiki. Buenos Aires, Uriel, 1998.

PETTER, F. A. Reiki: o legado do Dr. Mikao Usui. São Paulo, Ground, 2002.

PETTER, F.A., YAMAGUCHI, T. et HAYASHI, C. The Hayashi Reiki Manual. Twin Lakes, Lotus Press, 2003.

PETTER, F. A. Curso para mestres de Reiki. Anotações de aula. Buenos Aires, 2004

VITALE, J. Ho Oponopono. Editado por Hector Othon. Documento divulgado pela internet, enviado por Gilda M. Tangtam. Original em inglês, traduzido para o espanhol por Cecília Sosa Peñalba e para o português por Juan, Caco, Naty e Lili. S/d.

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